A pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 27 de fevereiro de 2025, avaliou a popularidade de governadores de oito estados brasileiros, oferecendo um panorama da percepção pública sobre suas gestões. Realizado entre 19 e 23 de fevereiro, o levantamento abrangeu Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Com margens de erro entre dois e três pontos percentuais, o estudo mediu aprovação, desaprovação e intenções de voto para 2026. Quatro governadores destacados – Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Júnior (PR), Romeu Zema (MG) e Tarcísio de Freitas (SP) – são nomes cotados para a disputa presidencial pela direita. Os resultados mostram estabilidade em suas avaliações desde abril de 2024. A pesquisa reflete o peso político desses líderes regionais.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás pelo União Brasil, lidera o ranking com 86% de aprovação e apenas 9% de desaprovação entre os goianos. Sua gestão é elogiada especialmente nas áreas de segurança e educação, mantendo uma base sólida desde o último levantamento. Com 74% de avaliação positiva, Caiado tenta consolidar sua influência no centro-direita para uma possível candidatura à Presidência em 2026. A pesquisa indica que ele é o mais bem avaliado entre os testados, com 73% dos entrevistados considerando sua administração ótima ou boa. O índice de rejeição baixo reforça sua posição de destaque. Ele emerge como uma força política em ascensão.
No Paraná, Ratinho Júnior (PSD) também se mantém forte, com 65% de aprovação, um aumento de seis pontos em relação a dezembro de 2024. A percepção regular caiu de 31% para 24%, e a negativa oscilou de 5% para 6%, mostrando consistência em sua gestão. Reeleito em 2022, Ratinho é outro nome ventilado para a corrida presidencial de 2026, com 67% dos paranaenses acreditando que ele merece eleger um sucessor. Sua popularidade cresceu mesmo em um contexto de desafios econômicos nacionais. A pesquisa destaca a força do governador entre os eleitores locais. Ele se posiciona como um concorrente viável no cenário nacional.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, registra 61% de aprovação e 28% de desaprovação, números estáveis desde abril do ano passado. Entre os eleitores de Lula, 28% veem sua gestão como positiva, enquanto 61% dos apoiadores de Bolsonaro a aprovam, refletindo sua base bolsonarista. Apesar de afirmar que buscará a reeleição em 2026, aliados o pressionam para concorrer à Presidência, aproveitando a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030. O levantamento mostra um equilíbrio entre apoio e crítica em São Paulo. Tarcísio mantém uma aprovação significativa no maior colégio eleitoral do país. Sua gestão é um teste para ambições maiores.
Romeu Zema, do Novo, governa Minas Gerais com 62% de aprovação e 30% de desaprovação, uma leve oscilação negativa dentro da margem de erro desde dezembro. Sua avaliação positiva caiu de 39% para 37%, mas 50% dos mineiros acreditam que ele merece um sucessor em 2026. Zema, outro potencial candidato presidencial da direita, equilibra uma gestão bem vista com desafios regionais. A pesquisa aponta estabilidade em sua popularidade, mesmo com críticas pontuais à economia local. Ele segue como uma figura relevante no tabuleiro político nacional. Minas, segundo maior colégio eleitoral, reforça sua influência.
Na Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) tem 61% de aprovação, um salto de 32% para 42% na avaliação positiva desde o último levantamento. Apesar disso, o petista enfrenta um cenário competitivo para 2026, com ACM Neto (União Brasil) liderando as intenções de voto com 42% contra seus 38%, em empate técnico. A gestão de Rodrigues ganhou força, mas a sucessão estadual permanece indefinida. A Bahia, reduto tradicional do PT, mostra um governador em ascensão. A pesquisa sugere que ele pode consolidar apoio nos próximos anos. O embate com ACM Neto será um teste crucial.
Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco, registra 51% de aprovação e 44% de desaprovação, uma queda dentro da margem de erro em relação a dezembro de 2024. Sua gestão teve 39% de avaliação positiva no último levantamento, mas enfrenta desafios perceptíveis entre os pernambucanos. A oscilação reflete um cenário de instabilidade, com 8% dos entrevistados sem opinião formada. Lyra tenta firmar sua liderança em um estado historicamente disputado. A pesquisa aponta dificuldades na manutenção de sua base de apoio. Pernambuco revela um quadro político em aberto.
No Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) apresenta a menor aprovação entre os avaliados, com 42%, contra 48% de desaprovação. Apenas 24% classificam seu governo como positivo, destacando problemas em segurança, saúde e transporte. Para 52% dos fluminenses, Castro não merece eleger um sucessor em 2026, enquanto Eduardo Paes (PSD) surge com 29% das intenções de voto para o governo estadual. A gestão de Castro enfrenta rejeição significativa em um estado-chave. A pesquisa expõe fragilidades que podem custar caro politicamente. O Rio sinaliza um desejo por renovação.