Segundo levantamento do Itaú Unibanco, a geração Y é a principal consumidora da tecnologia
As ferramentas de inteligência artificial (IA) estão ganhando espaço crescente na vida e no trabalho dos brasileiros. É o que mostra um levantamento do Itaú Unibanco, apresentado com exclusividade à EXAME, e na qual o banco analisou os gastos de cartão do clientes para ver o quanto estavam gastando com IA.
O número surpreende: a quantidade transacionada em ferramentas pagas que utilizam essa tecnologia aumentou 322% no Brasil, enquanto os gastos se expandiram 120%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
As mulheres, embora representem uma fatia menor do mercado, aumentaram seus gastos com a ferramenta em 140%, com um ticket médio maior, de R$ 268.
A geração Y, de 28 a 42 anos, é a principal consumidora da tecnologia, representando 52% de todas as transações realizadas. A geração X, de 43 a 57 anos, vem logo em seguida, com 28% do share. Os homens lideram o uso, sendo responsáveis por 80% das transações e com um ticket médio de R$ 165.
As empresas, buscando aumentar sua eficiência e competitividade, são as que mais têm investido em inteligência artificial. A despesa média das pessoas jurídicas no período analisado foi de R$ 300, enquanto para pessoas físicas, registrou R$ 200.
As principais carreiras que mais utilizam plataformas de inteligência artificial são, em ordem, analistas de sistemas (7% das transações), engenheiros (4%) e advogados (2%).
Entre as empresas que oferecem ferramentas de inteligência artificial com mais gastos por parte dos brasileiros estão OpenAI, GitHub e Notion.
São Paulo gasta acima da média
Os estados que mais investem na tecnologia são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Em São Paulo, o aumento no uso das ferramentas ultrapassou a média nacional, com alta de 406% na quantidade de transações e de 110% no valor transacionado.
As pessoas físicas paulistas investem mais nesse recurso, com ticket médio de R$ 225, enquanto as jurídicas têm gasto médio de R$ 61 por transação.
No Rio de Janeiro, registrou-se um aumento de 363% nas transações e de 116% no valor total gasto no período analisado. No estado, a diferença entre o ticket médio de pessoa física e jurídica é menor, de R$ 178 e R$ 260, respectivamente.