O fortalecimento das políticas públicas voltadas para a proteção das mulheres vítimas de violência é uma prioridade que reflete o compromisso da sociedade com a equidade e a justiça. Recentemente, a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal aprovou uma medida significativa que amplia o acesso à justiça para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, independentemente de sua condição econômica.
Essa iniciativa representa um avanço importante na luta contra a violência de gênero, reconhecendo que a vulnerabilidade das mulheres não está restrita à sua situação financeira. Ao assegurar que todas as mulheres, independentemente de sua renda, possam acessar gratuitamente os serviços jurídicos necessários para enfrentar processos judiciais relacionados ao agressor, o projeto busca nivelar as condições de defesa e promover a equidade no sistema de justiça.
A proposta, que agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça, visa garantir que as mulheres possam se desvincular juridicamente de seus agressores sem o ônus financeiro que muitas vezes impede a busca por justiça. Ao eliminar barreiras econômicas, a medida facilita o acesso à justiça e reforça o compromisso do Estado com a proteção dos direitos das mulheres.
Além disso, a inclusão dessa gratuidade no Código de Processo Civil fortalece a legalidade da medida e amplia sua eficácia. Ao integrar essa garantia ao ordenamento jurídico, busca-se assegurar que o direito à justiça gratuita seja efetivamente reconhecido e aplicado em todos os processos judiciais que envolvam mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
É importante destacar que a violência contra a mulher assume diversas formas, incluindo violência física, psicológica, patrimonial e moral. Cada uma dessas manifestações de violência deixa marcas profundas na vida das vítimas e exige respostas adequadas do sistema de justiça. Ao proporcionar acesso gratuito à justiça, o Estado demonstra sensibilidade e compromisso em oferecer suporte integral às mulheres em situação de violência.
A aprovação dessa medida também reflete uma mudança de paradigma na abordagem da violência de gênero, reconhecendo que a proteção das mulheres deve ser uma responsabilidade coletiva e institucionalizada. Ao garantir que todas as mulheres tenham acesso igualitário à justiça, independentemente de sua condição econômica, fortalece-se a confiança da sociedade nas instituições e no compromisso do Estado com a promoção da justiça social.
É fundamental que a sociedade civil continue engajada na defesa dos direitos das mulheres, acompanhando e apoiando as iniciativas que visam combater a violência de gênero e promover a equidade. Somente por meio de um esforço conjunto entre governo, sociedade e instituições será possível construir uma sociedade mais justa, segura e igualitária para todas as mulheres.
A aprovação dessa medida é um passo significativo na construção de um sistema de justiça mais inclusivo e sensível às necessidades das mulheres vítimas de violência. Ao assegurar o acesso gratuito à justiça, o Estado reafirma seu compromisso com a proteção dos direitos humanos e com a promoção da dignidade e da igualdade de gênero.
Autor: Ivern Moral