Profissional relata ter ficado sete horas aguardando para realizar sua fala em audiência
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu prazo de cinco dias para que o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) informe as providências que serão tomadas sobre o caso da advogada gestante que teve direito à preferência negado por cinco vezes.
O fato ocorreu em uma sessão da 8ª Turma do TRT-4 na última quinta-feira (27). O desembargador Luiz Alberto Vargas negou os pedidos feitos pela advogada Marianne Bernardi, de 27 anos, que está grávida de oito meses.
As negativas teriam ocasionado uma espera de mais de sete horas para a realização da sustentação oral.
Exposição da barriga
A advogada teria informado que enfrentava um mal-estar. “O momento mais humilhante e constrangedor foi quando tive que me levantar e expor a minha barriga para comprovar a gravidez perante todos os presentes após o desembargador duvidar de minha palavra. Grosseria e falta de respeito foram recorrentes ao longo do dia”, disse Marianne, em manifestação.
Além disso, a advogada relata que o desembargador sugeriu que ela procurasse outro colega para sustentar no lugar. “Esta atitude foi um retrocesso aos direitos das mulheres, que equilibram sua vida profissional com a maternidade. Não queremos ser substituídas, queremos estar à frente”, pontuou a advogada.