Republicano é acusado de subornar a atriz de filmes adultos Stormy Daniels antes das eleições de 2016; caso marca primeiro julgamento criminal de um presidente dos Estados Unidos
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou um tribunal de Nova York nesta terça-feira (28) depois que os advogados apresentaram seus argumentos finais em um caso de suborno.
O promotor Joshua Steinglass disse que o pagamento de $130 mil (R$ 671 mil), que garantiu que a estrela pornô Stormy Daniels não discutiria um suposto encontro sexual, era parte de um amplo esforço para enterrar histórias que poderiam ter prejudicado sua primeira candidatura à Casa Branca.
Os jurados podem começar a deliberar na quarta-feira (29) no primeiro julgamento criminal de um presidente dos EUA.
O caso está previsto para ser retomado às 10h no horário local (11h no horário de Brasília), com o juiz dando instruções ao júri.
Trump, de 77 anos, enfrenta 34 acusações criminais de falsificação de documentos comerciais para encobrir o pagamento a Daniels.
O republicano se declarou inocente, nega ter feito sexo com Daniels e pareceu não estar impressionado com o argumento final do promotor Steinglass.
No início desta terça-feira (28), o advogado de Trump disse aos jurados que eles não deveriam confiar na testemunha Michael Cohen.
Cohen, como intermediário de Trump, atestou que pagou Daniels com o próprio dinheiro e elaborou um plano com o ex-presidente para ser reembolsado por meio de pagamentos disfarçados de honorários advocatícios.
Se for considerado culpado, Trump pode pegar até quatro anos de prisão, embora a prisão seja improvável para um criminoso pela primeira vez condenado por tal crime.
Uma condenação não impedirá Trump de tentar recuperar o cargo de presidente contra o democrata Joe Biden nas eleições de 5 de novembro. O veredito também não impedirá o republicano de assumir o cargo, caso vença.
As pesquisas de opinião mostram que os dois candidatos travam uma disputa acirrada.