Segundo fontes, apuração é dinâmica e a chance de uma eventual prisão pode mudar, caso provas da necessidade de levar ex-presidente à cadeia sejam encontradas
Entre as várias investigações que pesam contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, agentes da Polícia Federal, ouvidos pela CNN, veem avanço na investigação que trata da possível existência de um esquema de espionagem paralelo do antigo governo.
Esses investigadores dizem também que não há elementos para prisão de Bolsonaro antes do caso ir à julgamento.
Dessa forma, uma prisão preventiva, quando ocorre no fluxo da investigação, não é cogitada neste momento.
Há sempre o destaque para a expressão “neste momento”.
As fontes destacam à CNN que a apuração é dinâmica e a chance de uma eventual prisão pode mudar, caso provas da necessidade de levar Bolsonaro à cadeia sejam encontradas.
Como a CNN noticiou, para os investigadores, a PF não busca uma chamada “bala de prata”, tipo de prova ou evidência que resolva o caso de uma vez.
A avaliação entre os agentes é de que há diversas provas, que juntas formam um conjunto probatório, de qualidade e suficientemente capaz de mostrar o uso indevido da máquina pública para perseguir desafetos via Agência Brasileira de Inteligência (Abin), um tipo de “Abin paralela“.
Pela lei brasileira, prisão preventiva pode ser decretada como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.
Entre exemplos práticos: a preventiva vale se a pessoa estiver atrapalhando as investigações ou repetindo o crime.
Para integrantes da PF, Bolsonaro deve ser condenado pelos crimes via Poder Judiciário, o que torna a prisão um caminho inevitável, depois de toda etapa de investigação, segundo agentes ouvidos pela CNN.
A própria polícia, autorizada pela Justiça, poderia cumprir a prisão antes da condenação. Mas, além da busca por mais provas, também há o entendimento de que isso não deve ocorrer às vésperas das eleições municipais para não gerar mobilização social com consequências políticas.