A inflação é um dos termos econômicos mais comentados, mas também um dos menos compreendidos pela população em geral. De acordo com o entendedor de finanças Kelsem Ricardo Rios Lima, entender o que é inflação e como ela impacta o dia a dia é essencial para tomar decisões financeiras mais inteligentes e conscientes.
Em linhas simples, inflação é o aumento generalizado e contínuo dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Quando a inflação sobe, o poder de compra do dinheiro diminui — ou seja, com o mesmo valor, você consegue comprar menos do que antes.
Como a inflação funciona na prática
Imagine que, hoje, com R$ 100 você consegue fazer uma compra básica no supermercado. Se daqui a um ano, esses mesmos produtos custarem R$ 110, a inflação nesse período foi de 10%. Isso significa que, sem reajuste no salário ou na renda, o consumidor perdeu poder de compra.
Segundo Kelsem Ricardo Rios Lima, esse fenômeno não acontece de forma isolada. Ele está relacionado a diversos fatores, como aumento dos custos de produção, escassez de produtos, variações cambiais e políticas econômicas do governo. Tudo isso contribui para o encarecimento dos produtos e serviços que usamos no dia a dia.
Os efeitos da inflação no seu bolso
A principal consequência da inflação é a redução do poder aquisitivo da população. À medida que os preços sobem, quem não tem reajustes proporcionais na renda sente mais dificuldade para manter o padrão de vida. O impacto é ainda mais severo para as camadas mais pobres da população, que destinam boa parte do orçamento a itens essenciais, como alimentação, transporte e moradia.

Kelsem Ricardo Rios Lima destaca que a inflação também afeta os investimentos. Aplicações financeiras com rendimentos abaixo da inflação acabam gerando perda real. Por isso, é fundamental buscar alternativas que garantam ao menos a preservação do valor do dinheiro ao longo do tempo.
Como se proteger dos efeitos da inflação
Embora a inflação seja inevitável em alguma medida, é possível adotar estratégias para reduzir seus impactos. Entre elas estão o planejamento financeiro, a diversificação de investimentos e o consumo consciente. Ajustar o orçamento, evitar endividamentos desnecessários e priorizar gastos essenciais são atitudes que ajudam a manter a saúde financeira em tempos de instabilidade.
De acordo com Kelsem Ricardo Rios Lima, outra forma de se proteger é buscar investimentos atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA e alguns fundos imobiliários, que oferecem rentabilidade real — ou seja, acima da variação inflacionária.
O papel do governo no controle da inflação
O governo, por meio do Banco Central, tem como uma de suas principais atribuições manter a inflação sob controle. Isso é feito, principalmente, através da política monetária, que inclui o controle da taxa de juros (Selic). Quando a inflação sobe demais, o Banco Central tende a aumentar os juros, desestimulando o consumo e o crédito, o que ajuda a conter os preços.
Kelsem Ricardo Rios Lima ressalta que, embora a elevação dos juros seja uma medida eficaz no curto prazo, ela também encarece financiamentos e empréstimos, o que pode impactar negativamente o crescimento econômico. Por isso, o equilíbrio entre controle da inflação e estímulo à economia é um dos maiores desafios dos formuladores de políticas públicas.
Conclusão: estar informado é a melhor defesa
Compreender o que é inflação e como ela afeta sua vida financeira é um passo importante para lidar com a instabilidade econômica com mais segurança. Estar atento aos índices, fazer escolhas conscientes e adaptar seus investimentos ao cenário inflacionário pode fazer toda a diferença no seu planejamento.
Para Kelsem Ricardo Rios Lima, educação financeira é a principal ferramenta para que cada pessoa consiga se proteger dos efeitos da inflação, mantendo seu padrão de vida e aproveitando melhor seus recursos. Afinal, o conhecimento é a chave para transformar desafios econômicos em oportunidades de crescimento.
Autor: Ivern Moral